Estamos vendo os diferentes gêneros literários na aula. Como sabemos, eles tiveram origem na Grécia. Um texto literário quanto ao conteúdo (tema) e estrutura, pode-se enquadrar em:
Lírico: gênero poético, que expõe a subjetividade do autor e diz ao leitor do estado emocional do “eu-lírico”, ou seja, o eu-lirico expressa seus sentimentos pessoais.
Épico/Narrativo: há a presença de um narrador, que quase sempre conta uma história que envolve terceiros. Os verbos e os pronomes, normalmente, são em 3ª pessoa. Os textos épicos são geralmente longos e narram historias de um povo ou uma nação. Envolvem aventuras, guerras, gestos heróicos e apresentam tom de exaltação, isto é, valorização de heróis e feitos grandiosos. Os poemas épicos intitulam-se epopéias.
As principais epopéias da cultura ocidental são: A Ilíada e A Odisséia, de Homero; Os Lusíadas de Camões. No Brasil os mais importantes são Caramuru, de Santa Rita Derrão e Uruguai, de Basílio da Gama.
Houve um declínio nesse tipo de texto para dar lugar aos gêneros narrativos modernos, que também se prestam a narrar uma historia ficcional. Ex: romance, novela, conto e crônica.
De acordo, com seus conhecimentos, leia o texto abaixo e indique a que gênero pertence, não esqueça de explicar o porquê. Podem também sugerir, o que acham que falta ao blog ! Beijos Camyla!
Tanto duvidaram dele, da teoria daquele jovem gênio musical, que ele resolveu provar pra si mesmo, empiricamente, a teoria de que não existem animais selvagens. Que os animais são tão ou mais sensíveis do que os seres humanos. E que são sensíveis sobretudo ao envolvimento da música, quando esta é competentemente interpretada.
Por isso, uma noite, esgueirou-se sozinho pra dentro do Jardim Zoológico da cidade e, silenciosamente, se aproximou da jaula dos orangotangos. Começou a tocar baixinho, bem suave, a sua magnífica flauta doce, ao mesmo tempo em que abria a porta da jaula. Os macacões quase que não pestanejaram. Se moveram devagarinho, fascinados, apenas pra se aproximar mais do músico e do som.
O músico continuou as volutas de sua fantasia musical enquanto abria a jaula dos leões. Os leões, também hipnotizados, foram saindo, pé ante pé, com o respeito que só têm os grandes aficionados da música. E assim a flauta continuou soando no meio da noite, mágica e sedutora, enquanto o gênio ia abrindo jaula após jaula e os animais o acompanhavam, definitivamente seduzidos, como ele previra.
Uma lua enorme, de prata e ouro, iluminava os jacarés, elefantes, cobras, onças, tudo quanto é animal de Deus ali reunido, envolvidos na sinfonia improvisada no meio das árvores. Até que o músico, sempre tocando, abriu a última jaula do último animal - um tigre.
Que, mal viu a porta aberta, saltou sobre ele, engolindo músico e música - e flauta doce de quebra. Os bichos todos deram um oh! de consternação. A onça, chocada, exprimiu o espanto e a revolta de todos:
- Mas, tigre, era um músico estupendo, uma música sublime! Por que você fez isso? E o tigre, colocando as patas em concha nas orelhas, perguntou:
- Ahn? O quê, o quê? Fala mais alto, pô!
MORAL: OS ANIMAIS TAMBÉM TÊM DEFICIÊNCIAS HUMANAS.