sexta-feira, 29 de abril de 2011

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Gente, na página inicial do blog sempre terá links de outros blogs e da revista Ziunái.
Não deixem de vistar esses sites também!
beijos, Thayná Rezende

A influência da música na vida dos brasileiros



"A música foi uma das artes que sempre possuiu uma maior força de mobilização social, pois ela exerce grande influência em seu meio e vice e versa. Podemos ilustrar essa idea com uma frase de Arnold Schering, um musicólogo alemão que diz: "...em todos os tempos a música sempre foi o instrumento predileto para dominar os espíritos".
Não precisamos ir muito longe para entendermos melhor a frase de ArnoldSchering e assim entendermos como a sociologia da música funciona.
No Brasil, no chamado "anos de chumbo" com a implantação da ditadura militar, que foi do ano de 1964 até 1985(com a redemocratização do Brasil), existiram movimentos musicais que protestavam contra o novo regime e utilizavam a música como principal instrumento de protesto para demonstrar a insatisfação da sociedade brasileira. A música interferia na sociedade, na tentativa de "dominar os espíritos" do povo e assim manter viva e fazer surgir a resistência ao regime. O momento social vivido interferia na música, principalmente na letra e no ritmo das canções.

Exemplos de movimentos musicais como esses temos aos montes, como: A Tropicália ( 1967/68), um movimento musical que tentou retomar os princípios antropofágicos de Oswald de Andrade e do movimento modernista de 1922, para romper tanto com o formato, que julgavam ser antigo, da música brasileira (bossa nova), quanto com a política vigente no pais.
Surgiram também os grandes festivais de música que deram espaço para os artistas e seus hinos contra o governo militar, o mais famoso deles foi o Festival de Música Popular Brasileira organizado pela TV Record, que consagrou vários artistas como Chico Buarque de Holanda e GeraldoVandré.

O regime militar tinha plena consciência do poder que a música exercia na sociedade, e com o receio de ter o seu poder ameaçado a censura entrou em ação. Várias canções foram proibidas e vários artistas foram exilados.

Por outro lado, os meios de comunicação vinculados ao regime, divulgavam grupos musicais como a Jovem Guarda ( grupo musical criado na década de 60) que não tinham engajamento
político, ou seja, não ameaçavam o poder dos militares.
O regime também soube aproveitar a música a seu favor. Em pleno "milagre econômico" na década de 70, depois da conquista dotricampeonato mundial de futebol no México pela seleção brasileira, a música, "Pra frente Brasil", foi utilizada para criar um clima de otimismo e transmitir tranqüilidade a sociedade.

Podemos dizer tranquilamente que se o regime militar não tivesse sido implantado no Brasil naquela determinada época, naquela determinada sociedade e que se ele não tivesse as características que teve, a música brasileira não teria as obras e os artistas, que foram produzidas e revelados na época, e hoje poderíamos viver uma etapa musical diferente da atual.

Esses exemplos citados sobre regime militar, ilustram a influência que o meio exerce na arte e assim esclarece um pouco como a sociologia da música funcionou na ditadura militar brasileira." (http://jornalsociologico.blogspot.com/2009/05/sociologia-da-musica-na-ditadura.html)

Olhem esse vídeo com trechos de músicas de Chico Buarque, Gal Costa e Cazuza. O que vocês acham sobre essas músicas? Como elas influenciavam na época da Ditadura (a música de Chico) e influenciam até hoje?
Não deixem de comentar!
beijos, Thayná Rezende.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Poesias Concretas


Olá pessoal, 

Na última segunda-feira começamos assunto novo em literatura: "tendências da literatura contemporânea".Trabalhamos primeiramente com a poesia concreta, leiam esse texto que achei sobre o tema:
"Nos anos 50 a 60; o brasil viveu um período de bastante euforia política e econômica. Foi a época do governo Juscelino kubischek ( 1956-1961 ), que empreendeu uma política econômica industrial e desenvolvimentista.
Abriu as portas ao capital estrangeira, que instalou suas industrias, aproveitando-se de nossa mão-de-obra barata. Ocorreram grandes euforias no país.
No plano internacional, vitoria da Revolução cubana abriram as discurssões sobre as relações entre as grandes nações nos países do Terceiro Mundo.
A cultura brasileira acompanhava o rítmo das mudanças. Novas idéias surgiram, com a Bossa Nova, o Cinema Novo, o Teatro de Arena, festivais de músicas transmitidos pela televisão.
Após o golpe militar o país manteve-se dinâmico por mais anos. Surgiu o teatro oficina, que encenou o rei da vila de Oswald de Andrade. O tropicalismo ganhou as rádios e tv.
O concretismo: O poema- ícone
A principal corrente de vanguardas na literatura, ocorreu na década de 1950 até os dias de hoje.
Com a liderança de três poetas paulistas: Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos. O grupo criou a revista Noigandres.
Os recursos da poesia concretistas são os mais variados; vão de experiências sonoras, com aliterações, até o emprego de diferentes formas e tamanhos. O poema assume a forma de cataz de cartão, de anúncio, de dobradura, fotografia, colagem. O poeta transforma-se num artista gráfico, num artesão sintonizado com o seu tempo."
Hoje trago pra vocês algumas poesias concretas para cada um citar sua interpretação e dizer o que acha sobre esse estilo de poesia.




Poesia concreta




poesia concreta



Beijos, Thayná Rezende

terça-feira, 12 de abril de 2011

INDICAÇÃO



Titulo:"A mão e a luva"
Autor: Machado de Assis
Publicação: 1874
Sinopse: O enredo conta a história de Guiomar, uma jovem de 17 anos, afilhada de uma baronesa e que deseja ascender socialmente. Ela é disputada por três homens: Jorge, Estêvão e Luís Alves. Estêvão ama louca e desenfreadamente, pura e inocentemente, como no primeiro amor. Jorge, sobrinho e preferido da baronesa deseja também ascender socialmente, têm um amor "pueril e lascivo", como descreve o próprio Machado de Assis. Luís Alves começa a admirar Guiomar, apenas depois, com o passar do tempo. Porém, é um meio-termo entre os dois primeiros, pois ele é um homem resoluto e ambicioso. Jorge, com o apoio da baronesa e de sua empregada britânica, Mrs. Oswald, pede a mão de Guiomar. No dia seguinte, Luís Alves faz o mesmo. Então, a baronesa pede a Guiomar que se decida entre os dois pretendentes. Guiomar diz que escolhe Jorge, porém a baronesa sabe que a afilhada quer casar-se com Luís Alves. Depois, Guiomar e Luís Alves casam-se e o trecho final do livro justifica seu título:

"Guiomar, que estava de pé defronte dele [Luís Alves], com as mãos presas nas suas, deixou-se cair lentamente sobre os joelhos do marido, e as duas ambições trocaram o ósculo fraternal. Ajustavam-se ambas, como se aquela luva tivesse sido feita para aquela mão."
Rafael  Linhares
Queria agradecer a este tempo que participei das postagens do blog, e quero dizer paras os cinco que vão entrar agora, boa sorte.


Rafael Linhares

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Indicação


Título:Dom Casmurro
Autor: Machado de Assis
Sinopse: Machado de Assis, escrevendo Dom Casmurro, produziu um dos maiores livros da literatura universal. Mas criando Capitu, a espantosa menina de "olhos oblíquos e dissimulados", de "olhos de ressaca", Machado nos legou um incrível mistério, um mistério até hoje indecifrado. Há quase cem anos os estudiosos e especialistas o esmiuçam, o analisam sob todos os aspectos. Em vão. Embora o autor se tenha dado ao trabalho de distribuir pelo caminho todas as pistas para quem quisesse decifrar o enigma, ninguém ainda o desvendou. A alma de Capitu é, na verdade, um labirinto sem saída, um labirinto que Machado também já explorara em personagens como Virgília (Memórias Póstumas de Brás Cubas) e Sofia (Quincas Borba), personagens construídas a partir da ambigüidade psicológica, como JorgeLuis Borges gostaria de ter inventado.
ONDE COMPRAR?

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Poesia Matemática

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.
Millôr Fernandes
Tayná Andrade ! Boas Provas !

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Chão de Giz - Zé Ramalho

Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre um chão de giz
Ah, meros devaneios tolos a me torturar
Fotografias recortadas em jornais de folhas,
amiúde...
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes

Disparo balas de canhão
É inútil pois existe um grão-vizir
Há tantas violetas velhas sem um colibri
Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de
vênus
Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom

Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra
vez
Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar
Meus vinte anos de boy, that's over baby! Freud
explica
Não vou me sujar fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval
E isso explica por que o sexo é assunto popular.

No mais
Estou indo embora
No mais
Estou indo embora
No mais

Qual tipo das funções literárias pertece a musica?

Rafael Linhares

Eros e Psique - Fernando Pessoa

Conta a lenda que dormia
uma Princesa encantada

A quem só despertaria

Um Infante, que viria

De além do muro da estrada
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,

Antes que, já libertado,

Deixasse o caminho errado

Por o que à Princesa vem.
A Princesa adormecida,
Se espera, dormindo espera,

Sonha em morte a sua vida,

E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.


Longe o Infante, esforçado,

Sem saber que intuito tem,

Rompe o caminho fadado,

Ele dela é ignorado,

Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino -

Ela dormindo encantada,

Ele buscando-a sem tino

Pelo processo divino

Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro

Tudo pela estrada fora,

E falso, ele vem seguro,

E vencendo estrada e muro,

Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,

À cabeça, em maresia,

Ergue a mão, e encontra hera,

E vê que ele mesmo era

A Princesa que dormia.

O que você interpreta a partir deste texto de Fernando Pessoa? Postem nos comentários o que acham.
Beijos, Luana Pires

domingo, 3 de abril de 2011

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam.
Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada, diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo. Conforme afirma Leonardo Boff, “cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] “ Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor.
A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo.
Então, que tal exercitarmos um pouco mais essa atividade fundamental: A Leitura! Leiam e interpretem o texto a seguir!



A Felicidade

O tempo passa, e nós mudamos tanto...
Ficamos tão sérios, tão preocupados, e sempre tão sem tempo pra coisa alguma. De repente, alguém disse que para sermos felizes, o que precisamos é ter um bom emprego, uma bela casa, o carro do ano, os aparelhos e as roupas da moda e, claro, termos muito dinheiro na conta. E nós, bobos, seguimos atrás destas coisas cegamente, aficcionadamente, entregando-nos a uma vida afogada em trabalho, estudos, metas, e uma constante insatisfação.
Mas se olharmos para trás, ainda poderemos lembrar de um tempo em que era até engraçado não ter dinheiro e fazer vaquinha pra pagar a conta da lanchonete com nossos melhores amigos. Se não conseguíamos ir todos juntos para a festa ou para o show da hora, fazíamos nossa festa na casa de alguém, ou na rua, mesmo, por que nossa verdadeira festa era estarmos juntos, sorrindo uns com os outros.
Mas... para onde foi esse tempo? Para onde foram os amigos? Para onde estamos indo nós?Nós nascemos muito felizes. Crescemos naquilo que pode ser a expressão mais tangível da felicidade possível, mas aos poucos vamos trocando isso por outros valores, como sucesso profissional e sucesso financeiro...
Bem aventurado é aquele que consegue acordar a tempo de perceber que melhor do que fazer horas extras no trabalho ou perder noites de sono em algum projeto ou pesquisa, é sempre reservar um tempo para preservar suas amizades, dedicando-se às pessoas que você ama, à sua família. A felicidade está conosco o tempo todo: nós é que muitas vezes não damos a menor bola pra ela...
Augusto Branco






Beijos, Camyla Rolim! Boa semana!