quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Os Lusiadas - Algo a mais

Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões é considerado o maior poema épico da lingua portuguesa. Foi puplicado em 1572 e narra os feitos heróicos dos portugueses, as glórias dos navegadores, os reis do passado, em outras palavras, a história de Portugal

Elementos
Os elementos de uma epopeia são quatro: AÇÃO (o assunto no seu desenvolvimento), PERSONAGEM/HERÓI (o agente principal/actante-sujeito), MARAVILHOSO (intervenção de seres superiores), FORMA (forma natural de literatura, estrutura versificatória).
Na obra "Os Lusíadas", e em obediência às regras acima enunciadas, encontramos os seguintes elementos:
• Ação: viagem marítima de Vasco da Gama à Índia
• Herói : não é Vasco da Gama, mas sim todo povo português, representado simbolicamente na figura de, Vasco da Gama
• Maravilhoso
Cristão: intervenção do Deus dos Cristãos
Pagão : intervenção das divindades da mitologia
Céltico ou mágico : intervenção da feitiçaria, da magia, de crenças populares
• Forma - Narrativa
Os Lusíadas é constituído de dez cantos, somando 1102 estrofes em oitava-rima(ABABABCC). Ao todo são 8816 versos decassílabos.

Partes da Epopeia
De acordo com as regras do género, a epopeia clássica estrutura-se em três partes obrigatórias: Proposição (apresentação do assunto), Invocação (súplica da inspiração) e Narração (desenvolvimento do assunto). Pode incluir uma parte facultativa, a Dedicatória (oferecimento da obra). Na Narração, é possível encontrar o Epílogo (fechamento da epopeia) com a consagração dos heróis.
"Os Lusíadas", na sua estrutura interna, possui:
• A Proposição (Canto I, estâncias 1 a 3) onde o Poeta indica aquilo que se propõe cantar.
• As Invocações :
- 1.ª (Canto I, estâncias 4 e 5) - súplica às Tágides (ninfas do Tejo) para que o ajudem na organização do poema e lhe deem inspiração para cantar os feitos heroicos lusitanos;
- 2.ª (Canto III, estâncias. 1 e 2) - súplica a Calíope, porque estão em causa os mais importantes feitos lusíadas;
- 3.ª (Canto VII, estâncias. 78 a 87) - súplica às ninfas do Tejo e do Mondego, queixando-se dos seus infortúnios;
- 4.ª (Canto X, estâncias. 8 e 9) - novo pedido a Calíope para que o inspire para terminar a obra.
• A Dedicatória (Canto I, estâncias 6 a 18), com o oferecimento do poema a D. Sebastião.
• A Narração (a partir do Canto I, estâncias 19 e seguintes), iniciada quando a frota se encontra no Canal de Moçambique. Tem momentos retrospetivos (da história de Portugal e da viagem), momentos prospetivos (sonhos, presságios, profecias) e Epílogo (regresso dos nautas incluindo o episódio da Ilha dos Amores).

Beijos, Tainá Rolim

Nenhum comentário:

Postar um comentário