Na poesia lírica de Camões o amor é descrito como um sentimento que entusiasma o homem, tornando-o capaz de atingir o Bem, a Beleza e a Verdade. Também aparece como um sentimento de significado contrário pela própria natureza. Por um lado, o Amor é manifestação do espírito, por outro é manifestação física. Para Camões, o Amor deve ser experimentado, deve ser sentido e não apenas mental, um sentimento de pensamento.
Os Sonetos de Camões
Os sonetos de Camões são a parte mais conhecida de sua lírica; os melhores que escreveu são os melhores de toda a literatura da língua portuguesa. Camões é o maior poeta lírico do Classicismo português.
Um exemplo:
Os Sonetos de Camões
Os sonetos de Camões são a parte mais conhecida de sua lírica; os melhores que escreveu são os melhores de toda a literatura da língua portuguesa. Camões é o maior poeta lírico do Classicismo português.
Um exemplo:
Um dos melhores e mais belos poemas de Camões é "Amor é Fogo que Arde Sem se Ver", veja agora a análise dele:
O poema O amor é um fogo que arde sem se ver, de Luís de Camões, faz parte da lírica clássica do autor. Neste poema, Camões procurou explicar a natureza contraditória do amor, ele buscou analisar o sentimento amoroso racionalmente, considerando raciocínios próximos da lógica formal. Mas como o amor é um sentimento vago, imensurável, Camões acabou por concluir que o sentir e o pensar são movimentos contrários: o sentir deseja e o pensar limita, e, como o poeta não podia separar aquilo que sentia daquilo que pensava, o resultado, só podia ser o acúmulo de contradições e paradoxos. Essa característa contraditória e o jogo de oposições aproximam Camões do Maneirismo e, no limite, do Barroco.
INTERTEXTUALIDADE:
Seguindo essa vertente, o tema amor, o compositor Renato Russo usa em sua música “Monte Castelo”, usa trecho desse famoso poema de Luís de Camões e ainda usa o texto bíblico “O amor é um dom supremo". Além disso, o título da música faz referência à uma batalha da Segunda Guerra Mundial vencida por soldados da Força Expedicionária Brasileira. A motivação em se trabalhar a intertextualidade presente nessa música veio a partir da observação e aperfeiçoamento do tema "Amor" que o compositor conseguiu promovendo o diálogo entre obras tão distintas como o poema de Camões, que fala de um amor homem-mulher, possessivo e a carta de Paulo, esta tratando do amor Ágape (o amor altruísta, generoso). Dessa forma, o objetivo foi encontrar na música o elemento que une os dois textos e seu título.
VIDEOS:
Acesse no youtube o video do poema "Amor é forgo que arde sem se ver" e da música "Monte Castelo". E deixe seu comentário sobre o que voce achou dos dois! Eu particularmente adoro!
Beijos, Camyla Rolim
Excelente postagem. Há várias intertextualidades com os textos de Camões e isso enriquece muito as nossas leituras!
ResponderExcluirUm abraço!
excelente !
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