Nesse livro, entre os vários aspectos abordados,
podemos destacar um tema recorrente, o do silêncio,
em que encontra lugar “tudo que ainda está por criar”.
Por isso o silêncio não é um recolhimento infecundo,
ao contrário, representa um aprofundamento na interioridade. No silêncio buscamos a compreensão de
nós mesmos e da realidade, o que é feito por meio da
palavra: “no sigilo do silêncio dormem notícias inusitadas, esperando a palavra acordá-las”. Como já disse
Guimarães Rosa: “O senhor sabe o que o silêncio é?
É a gente mesmo, demais”.
Porém, o mundo revelado pela palavra não é alcançado em sua plenitude porque, se a palavra amplia o mundo, “ela clareia seus escuros sem lhe roubar
a penumbra”. E diante do indecifrável, na busca do
ocultado, a imaginação é mestra porque “as metáforas
acolhem e libertam a fantasia”.
É a palavra que nos arranca do silêncio: dar sentido às coisas nos torna sujeitos e nos permite ir ao
encontro das outras pessoas com as quais falamos ou
para as quais escrevemos. Enquanto a fala brota em
um momento e aí mesmo se esvai, a escrita pede para
ser lapidada, resulta do fazer e do refazer: “escrever
é um pensar muitas vezes”. E o que seduz nesse movimento é a possibilidade de rememorar o passado,
projetar o futuro e ainda provocar tantos leitores
para imaginarem além do que foi escrito.
De muitas maneiras, portanto, a palavra é o que
nos humaniza.
Oii, vocês ja leram o livro? o que acharam?
beeeijos, Anna Karoline
Letras soltas podem se tornar palavras que compõem maravilhosas obras, o primeiro passo para isso, é ficar em silêncio. 'Para ler em silêncio' nos mostra que o silêncio nem sempre é algo vazio, mas que pode se tornar um grande livro, poema ou uma linda música, basta só nós refletirmos e colocarmos em palavras o que estamos pensando.
ResponderExcluirO livro, apesar de um pouco complicado, demonstra as experiências do autor com a escrita, com a leitura e principalmente com as palavras, que na visão dele, são de extrema importância para a origem das coisas.
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